Cinco meses após ser preso pela suspeita de roubar um carro em Salvador, o jovem Gabriel dos Santos Silva, de 22 anos, segue em busca de normalizar a própria vida. Sem a conclusão do inquérito do caso, ele tenta provar a própria inocência e não consegue arrumar um novo emprego.
Gabriel foi preso no dia 12 de junho, enquanto estava em frente a uma agência no Centro Administrativo da Bahia (CAB) para sacar o seguro-desemprego. O suposto roubo do carro teria acontecido dois dias antes. O jovem foi solto por meio de liminar no dia 13 de junho.
Gabriel foi acusado por uma mulher, identificada pelo prenome de Maria Fernanda, e pelo marido dela, identificado apenas como Marcos, de ter roubado o carro do casal. Ele, no entanto, não sabe dirigir. O jovem foi detido por um amigo do casal, que é policial, e alegou que ele teria cometido o crime.
Além do roubo do carro, o casal também alegou que Gabriel teria pedido R$ 1 mil para devolver o veículo. Gabriel responde as acusações em liberdade, porque a Justiça entendeu que as provas para manter o jovem preso não eram sólidas.
O inquérito deveria ser concluído até o dia 12 de julho. Respondendo em liberdade, Gabriel segue esperando a oportunidade de provar a própria inocência na Justiça. Para ele, que segue desempregado, a situação complica na hora de arrumar uma nova ocupação.
“Está difícil, porque eu estou procurando emprego, passei duas semanas tentando colocar currículo no shopping e aguardando resposta. Eu acredito que seja por tal motivo que aconteceu e eu estou precisando trabalhar, precisando ajudar em casa, precisando estudar. Precisando comprar instrumento para a minha música, porque eu toco violão, gosto de fazer música”, disse Gabriel.
O jovem conta que já chegou a ser reconhecido na rua por causa da situação.
“Eu cheguei lá, o rapaz falou: ‘ah, você é o rapaz daquele caso do carro, do cabelo loiro’. Eu falei que era. Ele perguntou como estava [o andamento do caso], eu expliquei a ele tudo e ele me desejou forças e que se conseguisse algo falaria comigo”, contou Gabriel.
“Querendo ou não, a gente sabe que tem pessoas hoje em dia que julgam, mesmo sem saber. Então tem muita gente ainda querendo saber a verdade, mas com aquela dúvida” .
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o inquérito está em fase de conclusão, e que não poderia dar mais informações para não comprometer o andamento das apurações.
(G1)
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